O prazer do desenho Os últimos trabalhos de Teresa Poester nos possibilitam o deleite do desenho num mundo onde razão e sentimento encontram-se, muitas vezes, distantes. Teresa passou horas e dias e meses no atelier de Camille Pisarro, nas cercanias de onde trabalha, durante certos períodos, na França. Trouxe a paisagem de Eragny para dentro do papel e ofereceu-nos o encanto da floresta que habita em cada um de nós. Ao vermos seus desenhos inundando a galeria branca em que mostrou suas últimas descobertas - somos também inundados pelo som, pelo cheiro e pelas formas que despertam os sentidos de crianças e adultos, iniciados ou não. Teresa
se compreende no desenho. Teresa
retorna à cor mudando uma vez mais o rumo de seu trabalho,
sempre com coerência. Em pequenas ou grandes folhas de
papel, se lança em territórios brancos, que sabemos,
sempre aterrorizam o artista no início da sua tarefa no
atelier. Faz veladuras de linhas que se tornam quase manchas, verdadeiras
capas, ora sutis, ora ríspidas, no desenho.
|